terça-feira, 25 de maio de 2010

Candanga
para Paulo Bertran

Candanga, a alma leve dos cerrados,
a moça e seus cabelos, nos longes de Goiás.
Candangos nós, teus filhos de adoção.
Candangos nossos filhos,
nascidos do teu chão.

A mão que te acenou de tão distante
foi quem prometeu que te faria.
Trocou o talvez por neste instante,
e a cidade assim se fez.

Candangos Vladimir, Bertran, Oscar, Sayão.
Candangos Lúcio, Vera, Nicolas, Bulcão
Candangos Teodoro, Cássia, Renato, Catalão.

Misteriosos como os campos de cerrados
de longe, apenas troncos retorcidos
de perto, segredos revelados:

água de mina, raízes, folhas, flores
beleza pura que explode por detrás
dos detalhes escondidos na aridez
da vastidão dos campos de Goiás.

Paulo José Cunha
Poema classificado em 3º lugar no Concurso Nacional de Poesia “Brasília: 50 anos”


Poesia é remédio pra alma e pode até salvar vidas

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