segunda-feira, 31 de maio de 2010

Meus Últimos Versos...


Ao olhar-me neste espelho entre
Estas paredes claras de aspecto sombrio
Vejo o brilho que há em meus negros olhos,
desço nas profundezas do abismo que há em meu ser.

Um encontro com meu eu, minha alma,
A essência que estou a cada dia por criar.
Minhas mãos manchadas, ensanguentadas...
Não nego, aquilo que sou é fruto de minha história,

Negá-la seria apagar minha existência.
Sou o único herdeiro de minhas ações.
Mas a pergunta é simples: suas escolhas
Tem melhorado seu modo de viver?



Dalton Rocha

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Luta!


Se chegamos até aqui, isto é um sinal de fortaleza.
Se abortamos será sinal de que não fomos fortes o suficiente.
Não conseguiríamos êxito e seríamos uma frustração
Para o futuro e para as gerações que nos precederam.
Não engane-se com a glória, porque vivemos em luta
E só os destemidos vão até o fim.
O fim pode ser o começo pois nossa
Existência sempre será lembrada, nossas atitudes
um "eterno retorno*."


Dalton Rocha


Nietzche
*

cULTURA iNDUSTRIALIZADA


Nossa cultura é como alimentos fabricados pela grande indústria, melhor, ela está sendo industrializada: Se escuta-se aquilo que a mídia produz, se veste e o diálogo é o mesmo. Isso explica o retrocesso intelectual, pois a "realidade" que boa parte das pessoas vivem e conhecem são ficções de "grandes" filmes e novelas. Assim as mesmas desconhecem a realidade: o mundo sem sombras e objetivo... Devemos à mídia o consumismo, o avanço desenfreado do capitalismo e o esquecimento artístico e cultural por parte das grandes massas,( pessoas de baixa renda). A "grande" cultura está destinada àqueles que retém em suas mãos um poder aquisitivo maior, acessível a eventos "relevantes" como teatros de renome, museus e óperas...há aqueles que criam sua própria cultura. Esses ficam à márgem da sociedade. Estão privados como os outros, mas não estão totalmente porque sua cultura é independente...

Dalton Rocha

terça-feira, 25 de maio de 2010

Candanga
para Paulo Bertran

Candanga, a alma leve dos cerrados,
a moça e seus cabelos, nos longes de Goiás.
Candangos nós, teus filhos de adoção.
Candangos nossos filhos,
nascidos do teu chão.

A mão que te acenou de tão distante
foi quem prometeu que te faria.
Trocou o talvez por neste instante,
e a cidade assim se fez.

Candangos Vladimir, Bertran, Oscar, Sayão.
Candangos Lúcio, Vera, Nicolas, Bulcão
Candangos Teodoro, Cássia, Renato, Catalão.

Misteriosos como os campos de cerrados
de longe, apenas troncos retorcidos
de perto, segredos revelados:

água de mina, raízes, folhas, flores
beleza pura que explode por detrás
dos detalhes escondidos na aridez
da vastidão dos campos de Goiás.

Paulo José Cunha
Poema classificado em 3º lugar no Concurso Nacional de Poesia “Brasília: 50 anos”


Poesia é remédio pra alma e pode até salvar vidas

domingo, 23 de maio de 2010




Sim... amada por uns tempos
O silêncio será nosso maior diálogo.
Neste mesmo silêncio não me
Esqueço de sua doce voz.

Se buscardes em outros braços
Abraços que aqueçam ou em
Lábios doces beijos, sinceramente
Desejo que não os encontre.

Perdoe meu egoísmo minha amada,
Este desejo de lhe ter ao meu lado.
Tu és a jóia que um garimpeiro
Tanto sonha em encontrar.

Não me lembro ao certo, mas algum
Dia tornei-me um, e lhe encontrei.
Desculpe-me não tenho muitas palavras,
Apenas estes simples versos para expressar-me.


Dalton Rocha



20 de Maio de 2010
André Abrahão
Manifestação

Os policiais ajudaram a retirar os "provocadores" liderados pelo deputado Aleluia

Direita brasileira é enxotada da manifestação pró-Cuba

A direita brasileira escolheu o dia 20 de Maio, esta quinta-feira, para fazer uma manifestação contrária ao regime de Cuba, mas foram surpreendidos com uma manifestação favorável a ilha. Os cinco manifestantes de direita, liderados pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), foram enxotados pela dezenas de manifestadores que foram prestar solidariedade à Cuba.

Para isso contaram com a ajuda de policiais militares que impediram os atos de agressão ensaiados pelos “ianques”, como foram chamados pelos manifestantes: “Fora ianques”. Eles ainda insistiram nas provocações, passando de carro em frente à Embaixada de Cuba em Brasília, onde se realizava o ato.

Após o encerramento do evento, que durou duas horas de discursos, gritos de palavras de ordem e agitação de bandeiras e exibição de faixas, os manifestantes foram recebidos pelo embaixador cubano, Carlos Zamora, nos jardins da embaixada. Ele quis agradecer pessoalmente ao que considerou “ demonstração de carinho e solidariedade para com a revolução cubana e o que ela significa para todo o mundo.”

A exemplo dos manifestantes, Zamora encerrou sua fala com as palavras de ordem: “A luta de Cuba é a luta do povo”; “Liberdade para os cinco”, “Abaixo o imperialismo”; “Viva José Martí”, “Viva Fidel Castro”. E foi acompanhado ainda nas palavras de “vivas” à “Eterna amizade do povo de Cuba e do povo do Brasil”, encerrando com “Patria ou Muerte”.

Vaias e vivas

Na chegada do grupo de Aleluia, que carregava fotos de presos em Cuba, o vice-presidente do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), Paulo Guimarães, que estava discursando no carro de som, calou-se para acompanhar a movimentação de chegada e retirada deles, que durou poucos minutos. E depois comemorou: “Foram embora com o rabo entre as pernas, porque não tem inserção social, não tem apoio popular.”

“Vaias para eles e vivas para Cuba”, gritavam os manifestantes à saída do grupo de Aleluia.

Após a saída do grupo, os manifestantes se revezaram ao microfone para apresentarem palavras de apoio e solidariedade. Guimarães voltou a falar “para prestar solidariedade e apoio a esse povo que tem uma história que honra a humanidade. Esse ato demonstra a representatividade da luta do povo cubano que está centrada no entendimento e solidariedade”, disse.

Campanha midiática

Os manifestantes, a exemplo da coordenadora do Núcleo de Estudos de Cuba (NesCuba) da Universidade de Brasília (UnB), María Auxiliadora César, também se posicionaram contra a campanha midiática das grandes potências que tentam desacreditar a revolução cubana diante do mundo. “Cuba soube resistir porque tem um povo bravo e existem grupos no mundo inteiro que a apoiam, como esse que está aqui agora em Brasília.”

“Na base de mentiras e calúnias, transformam delinqüentes comuns em “presos políticos”, transformam mercenários pagos pelos cofres do Pentágono em “dissidentes”, premiam blogueiros vulgares como se fossem jornalistas e escritores. O centro desta campanha esta na Casa Branca, com o apoio de governos e parlamentares reacionários da União Européia. No Brasil, a campanha é protagonizada pela mídia conservadora e uma minoria de direitistas no Congresso Nacional”, diz o texto distribuído entre os manifestantes.

Graça Sousa, secretária de mulheres da CUT, disse que os movimentos sociais estão alertas para a ofensiva do capitalismo contra a revolução cubana que, a despeito do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, comemora 50 anos. E destacou as principais bandeiras de luta do regime cubano que conta com o apoio e solidariedade dos povos da América Latina: o fim do bloqueio, a devolução do território de Guatanamo e a libertação dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos.

Tilden Santiago, que foi embaixador de Cuba no primeiro Governo Lula, falou sobre a alegria de participar do ato, destacando que a mesma alegria devem sentir Fidel e Raul Castro ao tomar conhecimento de que o povo trabalhador brasileiro defende a revolução.

“A democracia avança na América Latina e avança a resistência dos cubanos que deram suor e sangue contra o imperialismo”, discursou, acrescentando que “se hoje nós temos governos à esquerda em toda a América Latina – Bolívia, Venezuela, Equador e no Brasil -, nós devemos a resistência permanente da revolução cubana, que é a vanguarda do sistema socialista na América Latina.”

“De pé, nunca de joelhos”

O ato contou com a participação de representantes de outros países e de cubanos. Tirso Sainz, da Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil (ANCREB) agradeceu a presença dos brasileiros, bolivianos e equatorianos, destacando que “a revolução cubana tem em seu povo a principal força.”

O coordenador do MST da Bolívia, Silvestre Saisari, disse que a presença da Bolívia no ato em apoio à Cuba representa a confiança na luta dos trabalhadores para construir uma pátria livre. Ele encerrou suas palavras breves, como a maioria dos oradores, puxando palavras de ordem: “Cuba de pé, nunca de joelhos.”

A equatoriana Loyda Olivo, da Via Campesina internacional, lembrou, em sua fala que “quem está contra Cuba está contra a América Latina.” E teve as palavras reforças por Rosângela Piovizani, do movimento de mulher camponesas, que destacou: “Cuba é uma referência para nós e tudo que significa de país livre do imperialismo”. Ao final, ela animou o público com as palavras de ordem: “Globalizemos a luta”. Em resposta, os manifestantes diziam: “Globalizemos a esperança.”

Roseli Maria de Sousa, da Via Campesina Brasil, resumiu sua fala à condução de uma representação. Ela pediu que os manifestantes se voltassem para a frente da embaixada e para o reconhecimento da revolução socialista com gritos de “vivas” à Cuba, à população cubana e aos trabalhadores e trabalhadoras que combatem o imperialismo. “É a Via Campesina na luta em defesa do socialismo e contra o imperialismo”, afirmou.

Lutas antigas e atuais

O embaixador Zamora, sob o sol forte de meio-dia, conversou com os manifestantes ao final do ato. Ele reforçou as lutas atuais do povo cubano, como a recuperação do território de Guatanamo, que serve como um posto de tortura dos Estados Unidos e que é mantido pela força; o fim do bloqueio econômico, que condena o povo cubano a penúria e que persiste, apesar de ser considerado pelos tratados e a comunidade internacional como elementos de genocídio; e a libertação dos cinco heróis cubanos, que lutaram contra o terrorismo dos Estados Unidos em nosso território e que estão cumprindo pena nas prisões dos Estados Unidos - presos injustamente e sem julgamento.

Zamora destacou que estas questões são ignoradas pela mídia internacional, que se cala sobre elas e que, enquanto elas existirem, Cuba não pode manter relação adequada com os Estados Unidos e nem o mundo poderia.

O diplomata também lembrou que a data de de maio é “cara” para o povo cubano, porque marca a morte do herói cubano José Martí, líder da guerra pela independência de Cuba.

Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do vilarejo de Dos Ríos, José Martí é atingido e vem a falecer em seguida. Seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, é exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.“Um feito que nós cubanos levamos no coração”, disse o diplomata.

Sobre o dia 20 de maio, o diplomata disse que representa “um dia nefasto na história de Cuba”. Naquela data, "Cuba caiu nas garras do império norte-americano, que interveio na guerra contra a Espanha, ocupou militarmente a ilha e estabeleceu o que se conheceu pela primeira vez na história da humanidade como neocolonialismo.”




http://www.vermelho.org.br

Renasçam/Libertem-se

Enquanto a juventude sofrer um processo de putrefação mental e intelectual causado pela mídia sensacionalista, individualista, alienante...o nosso pais será o mesmo. Enquanto os estudantes forem grandes teóricos, intelectuais de mesa, maleáveis ao sistema, nada mudará. Me admiro da indiferença de nossos jovens acadêmicos rodeados de livros, sentados na História, à márgem da própria História e desconhecendo e não intervindo em seu rumo futuro. Gastando suas forças, suas energias em quimeras. "A vida foi feita para ser consumida, não gasta"*. Sim, consumemos nossa vida! Renasçam! Sejam uma fênix! Um basta à corrupção, à desigualdade entre os povos, não mais podemos aceitar essa falsa democracia que é flexível a grandes erros, principalmente de dirigentes do povo. Que subjuga o homem. Gritemos, juventude, gritemos juntos, façamos com que nossa voz seja ouvida e temida por todos aqueles que retém em suas mãos o poder do povo e o usam como meio de benefício próprio.

Dalton Rocha




* David Wilkerson

Fidel: A importância histórica da morte de José Martí

Fazendo abstração dos problemas que hoje angustiam a espécie humana, nossa Pátria teve o privilégio de ser berço de um dos pensadores mais extraordinários que nasceu neste hemisfério: José Martí. Em 19 de maio, completa-se (completou-se) o 115º aniversário de sua gloriosa morte.

Por Fidel

Não seria possível avaliar a magnitude de sua grandeza sem levar em conta que aqueles com os quais escreveu o drama de sua vida também foram figuras extraordinárias, como Antonio Maceo, símbolo perene da firmeza revolucionária que protagonizou o Protesto de Baraguá, e Máximo Gómez, internacionalista dominicano, professor dos combatentes cubanos nas duas guerras pela independência onde participaram.

A Revolução Cubana que, ao longo de mais de meio século, vem resistindo aos ataques do império mais poderoso existente, foi fruto dos ensinamentos daqueles predecessores.

Apesar de que quatro páginas do diário de Martí nunca estiveram ao alcance dos historiadores, o que consta no resto daquele diário pessoal, detalhadamente escrito, e outros documentos seus daqueles dias, é mais do que suficiente para conhecer os detalhes do acontecido. Como nas tragédias gregas, foi uma discrepância entre gigantes.

Na véspera de sua morte em combate, escreveu a seu íntimo amigo, Manuel Mercado: "Já corro todos os dias o perigo de dar minha vida pelo meu país e por meu dever — já que o entendo e tenho ânimos para realizá-lo — de impedir a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam com essa grande força sobre nossas terras da América. Tudo o que fiz até hoje e farei, é para isso. Em silêncio teve que ser e indiretamente, porque há coisas que, para consegui-las, devem estar ocultas, e de se proclamarem como são, trariam dificuldades muito sérias para conseguir sobre elas o fim".

Quando Martí escreveu estas palavras lapidárias, Karl Marx já tinha escrito O Manifesto Comunista, em 1848, isto é, 47 anos antes da morte de Martí, e Charles Darwin publicara A origem das espécies, em 1859, para citar só duas obras que, na minha opinião, mais influenciaram na história da humanidade.

Marx era um homem tão extraordinariamente desinteresseiro, que seu trabalho científico mais importante, O Capital, talvez jamais se teria publicado se Friedrich Engels não tivesse reunido e organizado os materiais aos quais o autor dedicou sua vida toda. Engels não só se encarregou desta tarefa, mas também foi autor de uma obra intitulada Introdução à dialética da natureza, onde falou do momento em que a energia do nosso sol se esgotaria.

O homem ainda não sabia como libertar a energia existente na matéria, descrita por Albert Einstein em sua famosa fórmula, nem dispunha de computadores que fazem bilhões de operações por segundo, capazes de reconhecerem e transmitirem, ao mesmo tempo, os bilhões de reações por segundo que têm lugar nas células das dezenas de pares de cromossomos que a mãe e o pai entregam em partes iguais, um fenômeno genético e reprodutivo que conheci depois do triunfo da Revolução, buscando as melhores características para a produção de alimentos de origem animal nas condições do nosso clima, que se estende às plantas, através de suas próprias leis hereditárias.

Com a educação incompleta que os cidadãos de mais recursos recebíamos nas escolas, a maioria privadas, consideradas os melhores centros de ensino, tornávamo-nos analfabetos, com um pouco de mais nível que aqueles que não sabiam ler nem escrever ou que frequentavam as escolas públicas.

Por outro lado, o primeiro país do mundo que tentou aplicar as idéias de Marx foi a Rússia, o menos industrializado dos países da Europa.

Lênin, criador da Terceira Internacional, considerava que não havia no mundo organização mais leal às idéias de Marx que a fração bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo. Embora boa parte daquele imenso país vivesse em condições semifeudais, a classe operária era muito ativa e combativa.

Nos livros que Lênin escreveu depois de 1915, foi crítico incansável do chauvinismo. Em sua obra O imperialismo, fase superior do capitalismo, escrita em abril de 1917, meses antes da tomada do poder como líder da fração bolchevique daquele partido frente a fração menchevique, demonstrou que foi o primeiro em compreender o papel que estavam chamados a desempenhar os países sujeitos ao colonialismo, como a China e outros de grande peso em diversas regiões do mundo.

Por sua vez, a valentia e audácia de que Lênin era capaz foi demonstrada pelo fato de ter aceitado o trem blindado que o exército alemão, por conveniência táctica, lhe proporcionou para transladar-se da Suíça às proximidades de Petrogrado, pelo que os inimigos dentro e fora da fração menchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo não tardaram em acusá-lo de espião alemão. De não ter utilizado o famoso trem, o fim da guerra teria surpreendido ele na distante e neutral Suíça, com o qual o minuto ótimo e adequado se teria perdido.

De alguma forma, por puro azar, dois filhos da Espanha, graças a suas qualidades pessoais, passaram a ter um papel relevante na Guerra Hispano-Norte-Americana: o chefe das tropas espanholas na fortificação de El Viso, que defendia o acesso a Santiago da altura de El Caney, um oficial que combateu até ser mortalmente ferido, causando aos famosos Rough Riders — ginetes duros, norte-americanos organizados pelo então tenente-coronel Theodore Roosevelt, que por causa do precipitado desembarque desceram sem seus fogosos cavalos — mais de trezentas baixas, e o almirante que, cumprindo a estúpida ordem do governo espanhol, partiu da baía de Santiago de Cuba com os fuzileiros navais a bordo, uma força seleta, da única maneira possível, que foi desfilar com cada navio, um a um, saindo pelo estreito canal de acesso, tendo em frente a poderosa frota ianque, que com seus encouraçados em linha disparavam com os potentes canhões contra os navios espanhóis, de muito menor velocidade e blindagem.

Logicamente, os navios espanhóis, suas dotações de combate e os fuzileiros navais foram afundados nas profundas águas da fossa de Bartlett. Apenas um desses navios chegou a poucos metros da beira do abismo. Os sobreviventes daquela força foram presos pela esquadra dos Estados Unidos.

A conduta de Martínez Campos foi arrogante e vingativa. Cheio de rancor por seu fracasso na tentativa de pacificar a Ilha, como tinha feito em 1871, apoiou a política ruim e rancorosa do governo espanhol. Valeriano Weyler o substituiu no comando de Cuba; este, com a cooperação dos que enviaram o encouraçado Maine a buscar justificativas para a intervenção em Cuba, decretou a reconcentração da população, que causou enormes sofrimentos ao povo de Cuba e serviu de pretexto aos Estados Unidos para estabelecerem seu primeiro bloqueio econômico, o qual deu lugar a uma enorme escassez de alimentos e provocou a morte de incontáveis pessoas.

Assim se viabilizaram as negociações de Paris, nas que a Espanha abriu mão de todo direito de soberania e propriedade sobre Cuba, depois de mais de 400 anos de ocupação em nome do Rei da Espanha, em meados de outubro de 1492, após afirmar Cristóvão Colombo: "esta é a terra mais formosa que olhos humanos viram".

A versão espanhola da batalha que decidiu a sorte de Santiago de Cuba é a mais conhecida, e sem dúvida houve heroísmo se é analisado o número e a patente dos oficiais e soldados que, numa situação muito desvantajosa, defenderam a cidade, honrando a tradição de luta dos espanhóis, que defenderam seu país dos aguerridos soldados de Napoleão Bonaparte, em 1808, ou a República Espanhola contra a investida nazi-fascista, em 1936.

No ano de 1906, uma ignomínia adicional caiu sobre o comitê norueguês que outorga os prêmios Nobel, ao buscar ridículos pretextos para conceder essa honra a Theodore Roosevelt, eleito duas vezes presidente dos Estados Unidos, em 1901 e 1905. Nem sequer era clara sua verdadeira participação nos combates de Santiago de Cuba à frente dos Rough Riders, e pôde ter muito de lenda a publicidade que recebeu posteriormente.

Eu apenas posso testemunhar a forma em que essa heróica cidade caiu nas mãos das forças do Exército Rebelde, em 1º janeiro de 1959. Então, as ideias de Martí triunfaram em nossa Pátria!

Por Fidel Castro Ruz
20/05/2010
www.vermelho.org.br

Mais Uma Vez


Matéria prima transformada em objeto, fina peça branca de tamanho
"X" para cobrir sua negra pele macia. Seu corpo frondoso
Com perfeitas curvas sinuosas, uma viagem realmente perigosa.
Me aventuro por estes caminhos descobrindo por baixo
De seu soutien a beleza que há na rigidez da juventude.
Anseio por te despir totalmente arrancando este curto linho vermelho
Que cobre seus íntimos segredos...
Se afaste de mim, sua dança é sensual e me enlouquece.
Encoste seu corpo no meu, seu perfume é embriagante.
Tocando seu corpo sei que estás a desejar mais uma vez consumir-se
De um intenso prazer, sim antes de tudo, hoje lhe devorarei em
Um intenso congresso...


Dalton Rocha

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sobre o Projeto de Lei "Ficha Limpa"

A política é de longe conduzida por interesses alheios ao povo. Não é admirável reconhecer que as figuras centrais do jogo tem sua imagem pública impecável, já que manipulam como querem a comunicação. Sem falar na quase inexistência (será que é quase?) de políticos engajados nas questões sociais, pensar num suposto grande prejuízo com a aprovação de tal projeto parece levar a crer que sindicalistas e militantes tem espaço na chegada ao poder. Se não obtiverem patrocinadores, jamais terão um cargo no congresso ou em qualquer câmara legislativa. Sendo assim, é razoável crer que mesmo sendo certa a tentativa de incriminar lutadores do povo para não vê-los políticos, não há nenhuma evidência atual de que eles chegam nas atuais condições ao poder, pois o capital faz a sua pré-seleção. E há a remota, mas possível possibilidade de, pela mobilização popular, fazer retroceder aqueles declaradamente inidôneos para a atividade. Também uma prática não pode ser julgada pelos seus executores (militares), mas pelo conteúdo que encerra. O projeto pode perder sua legitimidade por ser ofensor de direitos , o que é diferente de relacioná-lo a quem o idealizou.
David Wilkerson

Saber



Nem sempre parar significa estagnar-se no tempo

ou voltar, retroceder. É fato que vejo muitos que avançam

sem progresso; às vezes é necessário parar e refletir.

Porque a maior, a mais bela e nobre leitura que se deve fazer

é a da vida que se tem, da vida que levou em outro tempo,

da vida que se levará...

Os sábios amantes do saber,

deverão se dar também à reflexão, ao conhecimento da consciência

que há em si.

Dalton Rocha!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fragmentos

"A burguesia já não tem mito algum. Tornou-se incrédula, cética e niilista. O mito liberal renascentista envelheceu demasiadamente. O proletariado tem um mito: a revolução social. Em direção a esse mito move-se com uma fé veemente e ativa. A burguesia nega; o proletariado afirma. A inteligência burguesa entretém-se numa crítica racionalista do método, da teoria e da técnica dos revolucionários. Que incompreensão! A força dos revolucionários não está na sua ciência; está na sua fé, na sua paixão, na sua vontade. É uma força religiosa, mística, espiritual. É a força do Mito. A emoção revolucionária, como afirmei em um artigo sobre Gandhi, é uma emoção religiosa. Os motivos religiosos deslocaram-se do céu para a terra. Não são divinos; são humanos, são sociais"

J. C. Mariátegui

História, materialismo, monismo, positivismo e todos os "ismos" desse mundo são ferramentas velhas e enferrujadas que já não preciso ou com as quais eu não me preocupo mais. Meu princípio é a vida, meu Fim é a morte. Gostaria de viver minha vida intensamente para poder abraçar minha morte tragicamente. Você está esperando pela revolução? A minha começou muito tempo atrás! Quando você estará preparado? (Meu Deus, que espera sem fim!) Não me importo em acompanhá-lo por um tempo. Mas quando você parar, eu prosseguirei em meu caminho insano e triunfal em direção à grande e sublime conquista do nada! Qualquer sociedade que você construir terá seus limites. E para além dos limites de qualquer sociedade os desregrados e heróicos vagabundos vagarão, com seus pensamentos selvagens e virgens - aqueles que não podem viver sem constantemente planejar novas e terríveis rebeliões! Quero estar entre eles!
E atrás de mim, como à minha frente, estarão aqueles dizendo a seus companheiros: "Voltem-se a si mesmos em vez de aos seus deuses ou ídolos. Descubra o que existe em vocês; traga-o à luz; mostrem-se!" Porque toda pessoa que, procurando por sua própria interioridade, descobre o que estava misteriosamente escondido dentro de si, é uma sombra eclipsando qualquer forma de sociedade que possa existir sob o sol! Todas as sociedades tremem quando a desdenhosa aristocracia dos vagabundos, dos inacessíveis, dos únicos, dos que governam sobre o ideal, e dos conquistadores do nada, avança resolutamente. Iconoclastas, avante! "O céu em pressentimento já torna-se escuro e silencioso!"
Renzo Novatore Arcola, janeiro de 1920



"A história é escrita pelas grandes transgressões de quem mudou o mundo com suas inquietações e se na nossa lei a ordem deve se manter, eu quero é desobedecer" (Tonho Gebara)

"Os povos, quando não lhes é permitido escreverem suas histórias com a caneta, a escrevem com o fuzil" (Sandino).

"(...) o ruído dos germes expandia-se num grande beijo.(...) Homens brotavam, um exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra, crescendo para as colheitas do século futuro, cuja germinação não tardaria em fazer rebentar a terra."
Emile Zola, Germinal.

“Uma historia cria estereótipos. E o problema com estereótipos não é que eles sejam mentiras, mas que eles são incompletos. Eles fazem uma historia tornar-se a única historia. Como conseqüência, esta historia acabará por roubar a dignidade das pessoas e dificultar o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada, enfatizando como as pessoas são diferentes, ao invés de como são semelhantes.” Chimamanda Adichie

Notas sobre uma ocupação

Andrés Rodríguez Ibarra*

“Tinha eu quatorze anos de idade quando meu pai me chamou...perguntou-me se eu queria, estudar filosofia, medicina ou engenharia...”: era esse samba do Paulinho da Viola o que se ouvia, a certo momento, num pleno domingo no Hall de Entrada do Plenário da CLDF. O Flamengo acabava de se sagrar, na televisão de 30 e tantas polegadas que lá fôra colocada, campeão brasileiro de 2009; um pouco antes, no mesmo lugar, havia acontecido um show de rock. Dança, alegria, comemoração se misturavam e quem quisesse se manifestar, dizer o que estivesse a fim, tinha à disposição um microfone aberto.

E aberta também estava a porta que dá para a rua e por onde entravam os poucos brasilienses que atenderam ao chamado de uma vigília contra a corrupção, feito por esses que ora ocupavam as dependências da CLDF. Alguns casais chegavam com as suas crianças, certamente para lhes mostrar algo inusitado, digno de se ver. Mas a maioria, ao ver que não haveria vigília, só música e alegria, optava por voltar para casa. A vigília não deu certo, o povo que se esperava não apareceu, mas o mundo era, naquele instante, pura felicidade e descontração, ainda que uma ameaça de expulsão à força pairasse no ar e estivesse prevista para a manhã do dia seguinte, decorrente de um mandado de reintegração de posse a cargo da Presidência da Casa.

Essas são algumas cenas de um todo maior, que foi a ocupação do Plenário da CLDF pelo movimento Forra Arruda e Toda Máfia por seis intensos dias; e o samba do Paulinho eu o escolhi para iniciar este depoimento porque bem que eu poderia ter começado dizendo: “tinha eu 43 anos de idade, quando, da minha mesa de trabalho, ouvi, junto com minhas colegas... um estrondo de vidro quebrando...”. O movimento entrou numa tarde de terça, arrebentando uma porta de vidro, pondo a baixo um detector de metais, agredindo a um policial legislativo, mas só isso; não houve mais uso de força do que essa. Houve, sim, que eu vi, muito tambor ressoando, muita determinação e uma divisão paritária entre rapazes e moças, entre “ocupantes” e “ocupantas”.


Àquela altura, tinha-se já bastante exposição à profusão de maços de dinheiro entrando em bolsos, bolsas e meias, mas o que se discutia entre colegas e entre companheiros era se tudo isso seria suficiente para resultar em alguma punição. Tratava-se de mais um dos inúmeros casos de corrupção a que temos assistido na nossa política, ou seja, nada que saísse do “normal”, daquilo que todos já “sabíamos” sem o saber. Era, então, uma questão de torcer para que houvesse mesmo uma Pandora dentro daquela “caixa”, com suficiente força para que a nossa Justiça dissesse a que veio. Uma letargia, silenciosa e insuspeita, tomava conta da maioria de nós.

Acostumados que estamos ao dia-a-dia da CLDF, mal nos apercebemos que esse mundo do qual, bem ou mal, fazemos parte, esse universo da política distrital, possui algo que eu só poderia comparar a um cheiro—toda casa tem um cheiro, por que é que esta não teria? Acostumamo-nos aos rituais dos tapinhas nas costas, das “excelências”, dos ternos e dos sapatos reluzentes, que não são, de todo, diga-se de passagem, uma invenção local. Pois bem, ao longo da ocupação, eu ouvi uma repórter comentar com um interlocutor que não agüentava mais o “futum” da tribuna de imprensa, “futum” esse que, segundo ela, vinha dos ocupantes, que não tomavam banho.

O que eu tenho a dizer a esse respeito é que, tendo circulado entre essa garotada, jamais senti o referido fedor. Muito pelo contrário: me chamou a atenção não só o fato de que eles tomavam banho sim (nas suas casas), como o de que tinham toda uma preocupação com o asseio do lugar onde estavam. Não se borrifavam de perfume, tal como é corriqueiro que se sinta nos corredores da CLDF, mas o seu comportamento, a sua atitude, o seu proceder uns em relação aos outros, marcados pela coragem, generosidade, tolerância e disciplina, exalava, sim, um perfume, raro, que me faz pensar no fedor, ético, que nós, que trabalhamos neste poder, temos que, diariamente, suportar.


Se fosse dar um nome ao que ocorreu nesses seis dias de ocupação, eu daria o de sublevação. É uma escolha enviesada, já que se trata de um termo que um guru meu, Michel Foucault, nutriu com carinho, percebendo que há nela uma irredutibilidade:

“porque nenhum poder é capaz de torná-la absolutamente impossível: Varsóvia terá

sempre o seu gueto revoltado e os seus esgotos apinhados de insurgentes. E porque o

homem que se subleva é finalmente sem explicação: é necessário um dilaceramento que interrompe o fio da história e os seus longos encadeamentos de razões, para que um

homem possa, ‘realmente’, preferir o risco da morte à certeza de ter que obedecer.”


E acrescenta esse filósofo francês, a propósito dessa irredutibilidade, que

“ninguém tem o direito de dizer: ‘revolte-se por mim, disso depende a liberação final de todo homem’. Mas eu não estou de acordo com aquele que diria: ‘inútil sublevar-se,

sempre será a mesma coisa’. Não se faz a lei a quem arrisca a sua vida diante de um

poder. Tem-se ou não razão de se revoltar? Deixemos a questão em aberto. Subleva-se,

eis um fato; e eis por onde a subjetividade (não aquela dos grandes homens, mas aquela

de um João-Ninguém) se introduz na história e lhe dá seu alento. Um delinqüente joga a sua vida contra os castigos abusivos; um louco não agüenta mais ser enclausurado e

destituído; um povo recusa o regime que o oprime. Isso não torna inocente o primeiro,

não cura o segundo e não assegura ao terceiro os porvires prometidos. Ninguém, por

outro lado, é proibido de lhes ser solidário. Ninguém é proibido de achar que essas vozes confusas cantam melhor que as outras e dizem o fino substrato do verdadeiro. Basta que elas existam e que elas tenham contra si tudo isso que se obstina em fazê-las se calar, para que exista um sentido em escutá-las e em buscar o que elas querem dizer. Questão de moral? Pode ser. Questão de realidade, seguramente. Todos os desencantos da história nada conseguirão contra elas: é porque existem tais vozes que o tempo dos homens não tem a forma de uma evolução, mas a da ‘história’, justamente.”


Os integrantes do movimento Fora Arruda e Toda Máfia deixaram uma marca na história da política local. Saíram de cabeça erguida da CLDF, pela porta da frente, tendo negociado até o fim os termos da desocupação. No dia seguinte, incorporados ao movimento maior que ajudaram a fomentar, romperam a regra da sua estrita disciplina, invadiram a rua e apanharam, muitos, de uma Policia covarde. Hoje, estão, incólumes, pelas ruas da capital, a caminho, espero, de uma vitória final. O que foi afinal que eles ocuparam de mais importante? Eu diria que os corações de muitos de nós, mais velhos, que achávamos que sabíamos alguma coisa sobre a política. Então, por favor: ocupa, ocupa, ocupa e resiste!

* Consultor Técnico-Legislativo – Sociólogo da CLDF, Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo e Diretor de Finanças eleito do Sindical (2010-2011).

domingo, 16 de maio de 2010






Sim, hoje não irei declarar a ti as belezas de meus
sentimentos. Talvez estas não seriam capazes de
expressá-los... talvez o tempo pare e passe e não consiga
descrevê-los, e assim escreveria grandes e pequenas bobagens...
O que quero? quero ouvir de ti uma respota concreta,
uma que una nossos corações ou aparte de vez as nossas mãos.
Seu silêncio será prova de sua indiferença
e assim, tranquilamente sabendo eu de seu querer seguirei meu caminho...

Dalton Rocha

RS RS RS


Uma dose de um conhaque bom, um trago em um cigarro,

Fumaça que me leva em outras realidades...

Música de qualidade, viola que canta, chora e

Relembra grandes amores. Os homens os cantam;

As mulheres os escondem, mas todos um dia amaram.

A evolução, viva a evolução, viva a evolução.
Dalton Rocha


sábado, 15 de maio de 2010



Não aceite ser como a água que é adaptável a qualquer
Recipiente... ou com0 uma folha em branco que pode ser
Escrita e apagada muitas vezes... sua estrutura não é dobrável
Flexíveis, há uma série de consequências em se desdobrar.
A conservação da diferença e a não adaptância é sinal de um espírito forte,
Capaz de se guiar por longas estradas e jornadas solitárias.
O meio é sempre mais gentil, caloroso, mas conserve-se autêntico.

Dalton Rocha

sexta-feira, 14 de maio de 2010


Por que não amar as meretrizes?
Mulheres repletas de disposição
Para o prazer momentâneo.
Psicólogas dos corações feridos...
Amantes do intenso prazer.
Educadoras do jovem aprendiz...
Espertas e sinceras meretrizes...
O dinheiro é a grande finalidade, por
Uma nota graúda lhe beijam, chamam-lhe até de amor,
Mas a quem importa? É apenas uma troca sincera
Sem interesses futuros. Sem receio pode-se tudo...
Ah, santas meretrizes o que não podemos fazer...
Montada está em um cavalo, uma besta demoníaca,
Que conduz os homens a uma eterna perdição...
És a comandante dos corações errantes, há
Uma serpente envolvida em seu corpo,
Qual dos homem renunciaria este doce pecado?
Apenas aqueles que não conhecerem os
Prazeres que jorram dos seios e entranhas de uma meretriz!

Dalton Rocha!


Acalme seu coração tudo o mais será
desnecessário, sinta esta leve brisa que passa..
deixe que os respingos d'gua toque seu corpo, massajeando à sua alma. Esvazie-se por completo... ouça o canto dos pássaros que por aqui estão a voar, caminhe, caminhe em direção do céu, céu de tua alma, que teu espirito se renove...Eleve-se interaja com o magnifico que está ao seu redor, seja homem, seja natureza, seja um comigo, seja criador, deixe-se moldar, molde-se, grite o que está em seu peito.

Dalton Rocha

Tic


A maior frustração a qual um ser humano pode viver,
é a do medo de consumir suas energias e não alcançar seus objetivos, e por isso vive estagnado no tempo.
É a covardia que faz do ser um derrotado um insatisfeito
consigo e com à vida.
Não viva o hoje como se o amanhã não existisse, mas não seja um ócio a espera-lo.
A nossa brevidade é como um cair de uma folha seca,
mesmo com tanta incerteza no amanhã, ainda posso sentir
em alguns uma grande vontade de viver.


Dalton Rocha

terça-feira, 11 de maio de 2010

Placitum


Beba todos os cálices de
amargura que a vida lhe o ferecer,
pois no fundo verás que são mais doce que
o mais apurado mel...


A superação da dor separa os homens
fortes dos fracos, um coração apuldorado tornara à vida
amarga e infeliz!


A beleza do amor está em sua gratuidade!


Os momentos mais felizes e importantes de nossas
vidas são aqueles a qual adentramos em nosso interior e temos
um diálogo...



As forças de um homem não se encontram em seus punhos,
mas sim em seu coração...


Eu sou Deus, criador, senhor e herdeiro de minhas ações.





Dalton Rocha!




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Contraditório



Quem ama vive momentos inconstantes de alegria e dor.
O que leva o homem a dor é o mesmo que lhe faz feliz,o amor que nos leva a crer em algo, a ter ancia por sua concretização.



Eis o amor fonte de prazeres e desprazeres, seja
intenso profundo, tais seres, são os que sofrem mais,
não ame causa alguma, não ame ninguém seja um covarde e
sofra por isso.

Ame aquilo que lhe de inspiração para viver, não importa
o tamanho da dor que venha lhe causar, ou se a morte será seu fruto.
Ame a sua verdade despreze todos os conceitos, se habitue ao novo.
Olhe o dia que renasce o brilho de uma aurora, o cair da noite que se repete de formas diferentes.


Dalton Rocha

Hum Abraço

domingo, 9 de maio de 2010

Doce Desejo


Este descanso, ah quando o viverei
antecipa-lo? não sou destes...
sonho com este dia que partirei,
cedo ou tarde, tu já me perdestes.

É cedo quando vejo o sol nascer
mas prefiro a escuridão da noite,
ao amanhecer,não mais desejo ver o sol renascer.
E à noite à lua não venha com seu brilho pertinente.

Fecho os olhos secos
que abertos pouco podem ver
e fechados vejo muitos e poucos
que este mesmo futuro doce desejariam ter.

Dalton Rocha


Um Abraço!

"Caminhante"


Nesta terra sou um simples viajante um andarilho
curioso. Quero desbravar novos mundos que meu
horizonte venha abranger toda essa diversidade,
sou estrada caminhante me encanto e me deleito.
sou errante sou perfeito, livre e preso,
conheço o mundo que não me conhece.
Caminho sem receio, mas lembro-me dos amores que deixei,
me consolo com os que vivo e um dia viverei.
caminho com amor, não se engane, tudo sem amor
não vale a pena. Ouço o ronco de meu estômago,
quem se importa com a fome de um andarilho?
meus pés descalços, há alguém que queira calsarme?
estou com frio, mas estou bem agasalhado, quero um abraço
humano que me aqueça o peito.
Esse humanismo que é tão pregado, está impreguinado de
algo que não conheço...
Mesmo assim lhe deixo um convite, venha comigo caminhar
a estrada é longa, a dois, três quem sabe se não será menor?

Dalton Rocha

A Mediocridade dos Poetas e Escritores!




Hoje sim vamos engrandecer tudo que está ao nosso redor.
Maquiemos as dores da vida, diga que uma pedra é um diamante
que com ela terás todo prazer nesta terra, embeleze o amor, enobreça um ser amado, se disfarce de forte, por hoje seja como um "Deus" intocável. Supere tudo.
Eis ai a sua grande qualidade e o seu grande defeito sua perdição,
a nascente da mediocridade do escritor, do poeta: embelezar suas narrações e esquecer-se que no fundo desse poço existe apenas um ser frágil feito de carne, uma porcelana que ao primeiro contato brusco pode trincar-se ou quebrar-se facilmente.


Dalton Rocha

Um Abraço

A Diferença





Não criarei ícones nem ídolos, mas quero ressaltar
a onde está a diferença do que faz um revolucionário ou não.
faça a barba corte o cabelo e ainda assim serás um revolucionario?
Segure armas, combata, seja um militante, isso fará de ti um revolucionario?
crie frases de justiça, tenha eloquência no falar com isso serás um revolucinario?
digo que não, a verdadeira revolução está no modo pensar, suas atitudes podem refletir aparti de seus pensamentos, isso sim será uma revolução. Que seu coração palpite por algo sublime, que sua alma ame à justiça, seja um combatente primeiro por si, não se aventure por nenhuma estrada sem ter certeza de que está disposto a pagar um preço... a grande revolução está no modo de pensar, a gloria muitas vezes é fruto de um intenso combate e de um grande fracasso.

(Prefiro morrer de pé do que viver ajoelhado. Che Guevara)


Dalton Rocha

!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Que Realmente Importa!?


O que realmente importa não é isto que enobrece-me
e é exterior a mim, porque quão miseráveis são alguns
homens que necessitam de um adorno material para
enobrecer a sua pessoa.
Digo-lhes o que realmente importa, são os sentimentos que ardem
em meu peito, este desejo de amar, são quimeras tudo o que está
impregnado na pele do homem.
São meus sentimentos que me consolam nos dias de dor,
caminham de encontro comigo, com o que eu sou, e me alegro
com a verdade que há mim .
Sem amor e emoções a vida será um ressecar dos olhos uma cegueira,
por que cegos não são aqueles que não podem ver, nem surdos aqueles que não podem ouvir, mudos os que não falam, os cegos são aqueles que não enxergam a beleza interior e exterior de seu próximo, os surdos os que não escutam a voz que grita dentro de seus corações e por serem mudos não coceguem expressar tais belezas.
Exalto a verdade destes sentimentos que ardem em meu peito, simpatia para com uns, admiração para com outros, amor por poucos, e ódio reciproco...


Dalton Rocha


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Paulo Octávio exige indenização de estudante de baixa renda


O milionário e ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio, resolveu cobrar indenizações aos manifestantes do Fora Arruda. Na noite de quarta-feira (05), ocorreu no Fórum Leal Fagundes uma audiência de conciliação entre um dos manifestantes, David Almeida, e a Paulo Octávio Investimentos Imobiliários Ltda. David, que é estudante de filosofia da UnB, foi preso enquanto participava de um protesto pacífico, no dia 22 de fevereiro deste ano, contra a construção do Setor Noroeste. O protesto aconteceu na Central de Vendas do bairro, uma suntuosa loja na 208 Norte.

No boletim de ocorrência feito no dia, o manifestante é acusado pela empresa de ter destruído dois vasos de plantas, que adornavam a entrada da loja. Durante audiência, porém, a advogada da empresa, Flávia Alves Gomes, resolveu cobrar de David não só os vasos, no valor de R$ 1000,00 cada, como também a pintura da parede e até mesmo a água da fonte que decora a loja.

Na ocasião, os manifestantes atiraram ovos e vegetais podres contra o stand de vendas do Noroeste, além de adicionarem corante vermelho em pó à água da fonte, simbolizando o sangue dos indígenas que vivem no local da construção do suposto bairro ecológico. Faixas irregulares de propaganda do bairro também foram incendiadas.

Na ponta do lápis, o “acordo” proposto por Paulo Octávio custaria ao estudante nada menos que dez mil reais. Além do dinheiro, David também teria de redigir um pedido formal de desculpas à empresa, a ser publicado num jornal diário da cidade.

“É um absurdo ser processado pelo maior empresário de Brasília por conta de uma suposta quebra de dois vasinhos de planta, que não representam nada no orçamento dele. E o pior é a exigência de ter de se retratar publicamente por algo que não pratiquei. O processo todo é motivado por interesses políticos, já que o movimento foi vital na derrubada do ex- governador. Isso é parte do trabalho de criminalizar os movimentos sociais. Não vamos nos amedrontar com essa atitude”, pontua David, que se mantém na UnB graças à assistência estudantil, por possuir baixa renda familiar e estar desempregado.

O estudante está sendo assessorado por advogados que atuam no Movimento Fora Arruda, Gilson dos Santos e Márcio Freitas Filho. “Na verdade, a empresa não queria construir acordo nenhum. As exigências deles são estapafúrdias. A ação contra o David tem uma série de falhas, e talvez a maior delas seja a de imputar a uma só pessoa coisas que aconteceram durante um ato com vários e vários militantes. Além de não haver flagrante, as testemunhas arroladas por eles trabalham todas na empresa, estando contratualmente impedidas de falar contra a companhia”, detalha Gilson.

A audiência terminou sem acordo entre as partes, de forma que a disputa será levada a julgamento.

por André Shalders e David Almeida

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quando O Término Inicia-se




Por estes dias coloquei-me a caminhar pelos corações dos homens,
a procurar do que tinham de melhor, uns demonstraram-me ter uma
alma inchada repleta de conhecimentos, que me explanaria quase
todo o mundo, outros grande apreço por seus diversos dons e talentos,
meus olhos encheram-se de lágrimas fácil fácil com tantas maravilhas...
a paixão e interesse por adquirir bens estavam em quase todos...
E o que encontrei em todos foi uma sombra de dor escondida, camuflada por traz da arrogância intelectual dos talentos mal desenvolvidos. O que queria encontrar pouco encontrei, que era amor, não que eu necessitasse de tal, mas queria saber onde o termino da vida se inicia,
e cheguei a conclusão de que começa quando:
As palavras de amor não tocam mais o coração, quando os abraço calorosos não esquentam mais... pôde percebe onde minha vida se inicia ou não.
Hoje quero ensinar você, que sem o calor do amor a vida não tem sentido, não existe divindade ou causa que a fassa ter, não quero que aprendas a loucura do amor cristão, que leva o homem a amarelar seu sorriso e cansar seu coração, transformando alegria em dor, amor em ódio com todo o seu altruísmo, as aves híbridas quando avistam seu predador logo se lançam em direção do mesmo para salvar a vida de boa parte do bando.
Não quero que sejam animais híbridos, até os homens maus com toda a sua maldade ainda tem o que de bom oferecer e não devem ser eliminados. Chega de altruísmo amemos com construtivismo.
Dalton Rocha
...
















Sem Titulo/ Titule VocÊ!



És tua a lembrança amada, que estás em meu peito
não perderia eu uma noite contigo sem lhe proporcionar
o mais intenso prazer, seria o grande amor de sua vida e oscilaria
como um grande amante, tocaria levemente seu rosto e o cobriria com delicados beijos, sussurraria em seu ouvido palavras de amor. Passearia com minhas mãos suavemente por parte de seu corpo e a outra cobria com beijos ardentes inflamados por uma paixão arrebatadora, que nos levaria ao mais alto dos céus e nos queimaria com um fogo tam ardente que os infernos até hoje não tiveram e invejariam ter, usaria as mãos como um hábil escultor, tocaria todas as suas curvas, e depois de ama-la e excita-la e de faze-la rainha e meretriz com meu ligam ereto lhe penetraria... e com o fim de nosso orgasmo colocaria sua cabeça sobre meu peito e num descanso eterno lhe amaria ternamente.
Dalton Rocha
Um Abraço


Anima Kátharsis Para Todos!





Brincadeiras!


Não me pergunte se hoje estou bom,

aliais, acordei e agora estou muito bem...

se quiser me da qualidade,

não digas que sou um homem de bem,

muito menos um bom homem,

apenas um homem bom!

Não quero que me conceitue como mal,

me de um titulo de mau e ficarei feliz, entenda! num mal dia,

de homem bom posso me torna um homem mau...



Dalton Rocha


Um Abraço


Anima katharsis Para Todos!

Julgamento Palhaço

Hoje vou ser julgado pelo protesto que fizemos em fevereiro
contra o maior empresário de Brasília, Paulo Octávio, que à
época era vice-governador.

O impressionante é que me acusam de ter quebrado dois vasos
de planta do Estande de Vendas dos apartamentos da Paulo Octávio
Empreendimentos Ltda. E isso é extremamente grave na visão do magnata.
Perder dois vasinhos é inaceitável. Talvez tivesse valor sentimental
para a empresa, quem sabe.

O que sei é que essa palhaçada pretende criminalizar o Movimento, que
foi o grande responsável pela queda do safado, que covardemente renunciou
para não ser cassado e preso como ladrão do dinheiro público, mensaleiro
com vários outros do DEM.

Só o fato desse processo estar correndo é sinal de que o judiciário também
não tem o mínimo de senso ético e está a serviço dos capitalistas para
tentar colocar medo nos opositores da sacanagem estatal.

Caso seja condenado, a pena varia de um ano a seis meses de detenção
ou multa. Se não for absolvido, espero que a revolta que nutre as
mobilizaçõses populares por uma nova política se intensifique e promova
o caos nesse joguinho idiota do Estado. É hora de deixarmos de ser crianças
na luta que exige rupturas e perdas, desestruturação e guerra declarada.
Ou então, vamos esperar que mais pessoas sejam presas e mortas
por simplesmente discordar do poder instaurado à força pela minoria.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Grite, Livre/Ser VocÊ


Que som perfeito, mesmo calado


sei que pela eternidade ele está a ecoar,


uma onda senoidal, não vejo variações


e não escuto ruídos, livremente, livremente ira


percorre tocando corações, dando esperanças aos fortes


que hoje estão abatidos, que deixaram de crer na indiferença,


que comrroperam-se pela uniformidade, por estes, renovo


suas penas, voe! renovo seu bico, cante! assim como águia,


mas voe, cante, voe e cante longe o mais alto que puder,


não temas as ataxias deste mundo, renasça, não se entregue.


Não fique exausto, porei em sua pele um fluido umectante e aliviarei a sua dor.


Sei que és forte. Sei que és capaz. Renasça. Só o que te peço, creia em ti,


acredite que és capaz de emancipar-se.



Dalton Rocha


Um Abraço


Anima katharsis Para Todos!







domingo, 2 de maio de 2010

Homenagem aos Novos Candangos - 1º de Maio

Aos inconformados
Aos dignos indignados
Aos que ousaram lutar, não sem temer,
Mas ousaram.

Não sem perder,
Não sem ter famílias,
Não indolor,
Mas lutaram.

Em nossa homenagem
O dia primeiro de maio, construtores!
Em nossa homenagem
O aniversário da cidade-mãe que estamos a reconstruir!
Em nossa homenagem
O dia dezoito de maio, pela violência imoral e covarde da polícia à qual sobrevivemos!
Em nossa homenagem
O dezoito de maio, pelos delírios e a loucura de achar que a imensa corrupção poderia ruir!

Aos novos candangos
O suspiro esperançoso de um país
Que, embora, não esteja liberto
Sabe que pode contar com o amor rebelde de seus filhos
Quanto trabalho! Quanto suor!
Lágrimas! E ainda quanto sangue!
Numa obra deveras monumental
A implosão das pútridas obras de corrupção
E a edificação da cidade liberta.
Leonardo Ortega

Já Sinto Falta De Você












Esta sombra que me cobre
me envolve, acalma meu coração,
faz de mim nobre entre os nobre
em meu peito é prazer essa sensação.



Doce são seus lábios
seu rosto moreno asiático,
não entenderiam os sábios
mas faria crer o cético.

Um beijo dado a dois
mas hoje só há um de nós
não queria deixar para depois,
amo-te, amo-te sem você me cinto a sós.

Não se vá Não se vá
Não se vá Não se vá
Não se vá Não se vá
Não se vá Não se vá

Dalton Rocha
Um Abraço
Anima Kátharsis Para Todos!

Sob Está Árvore


Sentado sob está árvore vejo a harmonia deste ciclo que se chama vida, vejo homens a festejarem se envolvendo na onda deste som. Já é noite e uma fina garoa cai e passa entre as folhas tocando levemente todos que aqui se encontram. Por outro lugar onde andei vi o ventre que gerou, o seio que não amamentou agora chora a perda porque sabe que pouco amou, ainda assim continuo a caminha e ver que todos estam sujeitos, mas nos espantamos quando os "bons" segundo os conceitos partem. Narrar alegrias isto é um desejo dos homens, não que eu seja contra, mas seus conceitos estam cada vez mais alienantes sempre estereótipo ao ser, a felicidade está na conquista de si, em ser agradável a si mesmo, que limitação de pensamento, pouco evoluimos . Continuo a caminhar sob está árvore a garoa está aumentando, quantos discursos, chega de desculpas! vamos viver sem receio, o "patram" não se importa com a saúde e nem com a vida de seus subordinados, enquanto o subordinado lhe for um objeto de gozo e exaltação ele será "cuidado e amado". Continuo a caminhar e me ter com os amigos esses sim admiro pois seja qual for seu erro continuaram a lhe considerar, não prolongarei muito, à garoa está aumentando e cedo ou tarde ela vai me molhar...


Dalton Rocha

Um Abraço

Anima Kátharsis Para Todos!