quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Como Calcular um Triângulo Equilatero?

Bom, primeiramente devemos entender o que é um Triângulo Equilátero.
Um triângulo equilátero possui todos os lados congruentes, ou seja, iguais. Um triângulo equilátero é também equiângulo: todos os seus ângulos internos são congruentes (medindo 60°), sendo, portanto, classificado como um polígono regular.










A área de um triângulo pode ser determinada a partir da seguinte formula:







Para aplica-la é preciso ter o valor da base e da altura de um triângulo, sendo assim, uma formula de fácil uso se o triangulo for do tipo retângulo.

A principal característica de um triangulo equilátero é que ele possui todos os lados iguais, Portanto se traçarmos a sua altura, que é o segmento de reta perpendicular que parte do ponto A ao mesmo ponto M (ponto médio do segmento BC) iremos dividir a base ao meio.
Ex:












Na figura acima temos um triângulo equilátero ABC de altura h, ao traçarmos sua altura AM dividimos o triângulo equilátero em dois triângulos retângulos idênticos. Neste caso podemos aplicar o teorema de Pitágoras em um deles, assim obtendo a altura (h).

Ex:













Vamos ao cálculo a parti das informações acima:





















Dai temos a formula para calcular a altura (h) de um triângulo equilátero:





Para calcularmos a área (A) de um triângulo equilátero, deveremos fazer a seguinte substituição na formula:







Iremos retirar b*h (Base e Altura) e substituir pela formula de altura (h) ficando a formula da seguinte forma:


















Podemos assim calcular a área de um triângulo equilátero, com a seguinte formula:







Dalton Rocha

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Dimensão Ontológica do Discurso na Filosofia de Foucault

A investigação de Foucault, que interessa na análise de crítica da sociedade ocidental, que se inscreve dentro da tradição genealógica, tematiza a relação equívoca e ambígua entre as formações discursivas e as práticas em geral, pretendendo restaurar a conexão entre o âmbito autônomo da vida com as instituições. Presta-se à análise do discurso, acontecimento supra-individual, enquanto formador das práticas institucionais e produto destas. As formações discursivas correspondem a dispersões epistêmicas de práticas de poder e o saber é uma articulação discursiva de poder, par que Foucault herda de Nietzsche.

Dentro da discussão em torno do estruturalismo Foucault defende uma concepção de linguagem que esgote a monarquia do significante. Apesar de não ser estruturalista, o privilégio que atribui ao descontínuo (contingente, ocasional, fortuito) o aproxima dessa corrente.

Na relação entre o discurso e o não discurso (instituições) se revela o conteúdo deletério da linguagem. O desenvolvimento das formações discursivas recorrendo a noções identitárias é algo de que Foucault pretende fugir sendo que a concepção do discurso em sua concretude foi rechaçada pelo ocidente a favor da monarquia do significante e a relação entre lingüístico e não lingüístico foi esquecida pela filosofia.

Observa-se em Foucault um anti-humanismo no sentido de humano utilizado pelas ciências sociais. O poder que se vale do conceito promove e produz individualidade muito mais que proíbe e veta possibilidades. O ser humano é produto da intersecção de saberes, sendo assim, a linguagem é produtora, não apenas veicular. O autor vê com maus olhos a não enfatização dos âmbitos convencionais (parole) e diacrônicos da língua. Ele resgata o aspecto esquecido pela lingüística estrutural (convencionalismo). O discurso em sua materialidade desenvolve dispositivos sociais de controle de sua produção e distribuição que visam dominar. A verdade como exclusão, já identificada por Nietzsche, se produz pela igualação do não-igual e exclusão das diferenças. A origem da vontade de verdade remonta à antiguidade, onde em O Sofista Platão elabora pela primeira vez o princípio da não-contradição. Ali a verdade se tornou um predicado do que é dito e não um acontecimento fatídico, concernente ao discurso, à dizibilidade. Estabeleceu-se uma relação interna entre verdade e dizibilidade. Nascia o preâmbulo de verdade como correspondência e, de modo, a monarquia do significante.

Foucault identifica três procedimentos de exclusão imanentes à pratica do discurso: a interdição, a separação e a vontade de verdade. A igualação entre essência e aparência no mesmo plano é promover a descrição dos fatos sem pretensão de verdade. Essa ação desmascara a vontade de verdade que sustenta as formações discursivas.


Pragmática Formal em Habermas como Crítica Materialista da Sociedade

Apesar de Habermas ser fortemente relacionado à escola de Frankfurt, sua orientação teórica se distancia consideravelmente do marxismo e neomarxismo encaminhando-se à intenção de levar adiante uma crítica social em que a teoria e a prática sigam sob uma forma de racionalidade capaz de aportar explicações e justificações (uma racionalidade onde a consciência da explicação seja, ao mesmo tempo, a justificação da explicação)[1]. No entanto, o que interessa agora diz respeito a seus desenvolvimentos dados à pragmática formal, que serviram à formulação de uma teoria do agir comunicativo e da racionalidade, o que se apresenta como fundamento de uma teoria crítica da sociedade e pressuposto de uma visão da moral, do direito e da democracia fundamentada na teoria do discurso. Para isso, o autor se obriga no desenrolar da questão ontológica do naturalismo atinente ao modo como é possível harmonizar a padronização do mundo da vida ao qual “sempre já” nos encontramos com a mutabilidade das formas de vida socioculturais; e na consideração do problema epistemológico do realismo, conduzido também numa tentativa de conciliar a visão de um mundo autônomo quanto a nossas considerações sobre ele, o mesmo para todos, com a convicção de que há a mediação lingüística no acesso a este mundo.

Apesar da substituição do viés mentalista para o semântico feita por Frege na análise de sensações e juízos, e da consolidação da virada lingüística de Wittgenstein, a teoria permanece tendo primazia sobre a práxis, da mesma forma que a representação sobre a comunicação. Porém, tentativas como a de Sanders Peirce introduziram novo elemento à antiga dualidade representação-objeto, modernamente articulada como proposição-fato. Há a necessidade do contexto ouvinte-falante no ato comunicativo. Ao mesmo tempo em que ocorre a referência da proposição ao mundo, há a referência à intersubjetividade dos interlocutores. Assim, se se admite o entendimento mútuo como finalidade do discurso, é mister aceitar a originalidade conjunta de representação, comunicação e ação. O proferimento lingüístico direciona-se simultaneamente ao mundo e ao destinatário, e a comunicação bem sucedida possui uma ligação interna com a representação de fatos.

Dummett defende essa tese, mas não deixa de seguir o movimento analítico majoritário, que corria primando pelos questionamentos teóricos, assim como o ramo hermenêutico da filosofia da linguagem, a despeito de sua tendência a se interessar mais pelo intercâmbio comunicativo que pela função representativa da linguagem. Na mesma linha, Frege e Russell reduziram a análise da linguagem a uma semântica da proposição, apenas.

A pragmática formal é desenvolvimento da busca de uma teoria sociológica da ação, cuja responsabilidade se atrelava à explicação das forças de determinação socialmente integradoras, intrínsecas ao agir discursivo, que abrem espaços de crítica da validade do discurso na escolha racional de pontos de vista. Nessa procura, a investigação da função representativa pela pragmática, se mostra restrita, mas em relação às teorias da significação de Frege, ela possui maior amplitude, pois horizontaliza todas as funções e enfatiza a participação crítica das segundas pessoas. Tal é o percurso que chega à pragmática formal, partindo da hermenêutica.

A tão discutida virada lingüística processou-se por duas vias, uma hermenêutica, outra analítica, sendo as duas mais complementares que concorrentes, e a pragmática formal reproduz a incorporação de elementos analíticos em elaborações crítico-hermenêuticas. É curioso notar como os dois percursos conduzem à primazia do a priori do sentido sobre os fatos. Nesse pano de fundo, as contribuições de Humboldt com sua teoria lingüística são centrais para se chegar aos relacionamentos de uma teoria com outra. Ele reconhece três funções da linguagem: cognitiva, expressiva e comunicativa e a relação entre elas é gerenciada privilegiando ora o âmbito lingüístico do mundo, ora a face conversacional da linguagem, respectivamente, pelas análises semântica e pragmática. A hermenêutica convive com o conflito permanente entre o particularismo da abertura lingüística ao mundo e o universalismo da práxis conversacional. Segundo Humboldt, o mundo da vida linguisticamente estruturado é o contexto da vida cotidiana, e revela o momento de encontro entre teoria social e teoria lingüística. No entanto, tanto Frege quanto Heidegger negligenciaram os elementos de uma pragmática formal já encontrados em Humboldt, limitando-se por um lado à relação elementarista entre proposição e fato, e por outro, à visão holística de constituição categorial do mundo encontrada numa língua natural, que mesmo assim lida com o contexto comunicativo como realidade secundária, não originária.

Porém, Humboldt constrói um modelo explicativo que analisa o aspecto criador de mundo da linguagem, a constituição pragmática da fala e do entendimento intersubjetivo, e a representação de fatos, os três se constituindo em níveis diferentes de abordagens lingüísticas. Por esse movimento, Habermas tenta elaborar um caminho que leve em consideração os três níveis de análise e evite o transcendentalismo tanto quanto as reduções. Assim, conecta o sentido de uma proposição às condições pelas quais é verdadeira, acompanhando Frege e Wittgenstein. Um efeito disso é a primazia da proposição sobre a palavra ou do juízo sobre o conceito, tema dissecado por Frege a partir do “princípio da composição”, segundo o qual o significado de uma expressão é dado pelos de seus constituintes, as palavras. Outra conseqüência se encontra na rejeição da noção tradicional de que os símbolos lingüísticos são fundamentalmente nomes de objetos. A possibilidade de se fazer vários enunciados sobre o mesmo objeto, enunciados até contraditórios, é dada pela diferenciação entre sentido e referência, que, se não distinguidos, levam à incapacidade de reconhecimento das várias descrições como referentes ao mesmo objeto; insuficiência que interromperia o acréscimo de conhecimento e de aberturas lingüísticas de mundo.

É Wittgenstein quem estabelece as extensões do mundo como os limites da linguagem, as proposições revelam os alicerces do mundo. Em oposição às categorias kantianas, a essência da proposição constitui a essência do mundo. Reviravolta que substitui os paradigmas da filosofia da consciência.

Heidegger promove, num esforço que combina a fenomenologia de Husserl com a hermenêutica de Dilthey, uma importante colocação do âmbito hermenêutico como primordial. Concentra-se na articulação lingüística da compreensão prévia do mundo sob as antecipações cotidianas, momento em que se delineia a possibilidade de que algo se apresente a nós. Por esse meio, torna a predicação posterior à compreensão, pois só ao que nos já é acessível num mundo aberto pela linguagem é possível predicar. Isso se reflete na sua concepção de verdade, que passa a ser equivalente às formas de abertura ao mundo. Ela não é mais única, e a abertura lingüística é quem estabelece as condições dessas verdades, porquanto em seu acontecimento, a abertura é indiferente às valorações.

A abordagem da pragmática formal estabelece um conceito de linguagem sobre a noção de entendimento mútuo pretendido no discurso intersubjetivo. As aspirações de validade dividem-se em duas faces: exigimos verdade para proposições sobre eventos no mundo, e correção para aquelas atinentes a expectativas e relações intersubjetivas, que são do âmbito de um mundo social atingível somente por uma ação performativa. A função cognitiva se sobressai à função de abertura ao mundo no aspecto dos processos sociomorais de aprendizado e no âmbito do controle sobre a realidade exterior. Por isso, uma teoria do agir comunicativo que se fundamenta nessa visão de linguagem pode ser atrelada a uma teoria materialista da sociedade, que leve em conta o sentido independente de processos de aprendizagem intramundanos, e dessa forma, permita uma aproximação mais qualificada da modernização social.

A filosofia analítica de todo o século XX passou de largo da crítica social, por relegar a segundo plano questões de ordem temporal. Do lado hermenêutico, no entanto, após a virada a desconstrução do cartesianismo e o embate com Nietzsche impulsionam a crítica à ciência, à técnica e ao totalitarismo vigente.Nesse ponto, Heidegger trabalha em temas já perseguidos por Weber e Lukács por um viés crítico, mas distinto. Ele apresenta com a crítica da metafísica a face idealista para a crítica materialista da reificação.

David Almeida



[1]José Ferrater Mora. Diccionario de Filosofía. Pág. 1541, verbete Habermas.

domingo, 23 de outubro de 2011

A Força


Se as circunstâncias da vida me faz descer até o mais profundo
abismo de minha alma, e se nesta profundeza, por algum
momento ou motivo não encontrar consolo para o meu coração,
e se as lágrimas não forem o bastante para me sentir renovado, e
se as luzes do futuro se converterem em trevas e desilusão, o que farei?
com minhas mãos cavarei mais profundo ainda do que a própria sorte
conseguiu, por um momento me deleitarei com o desfortúnio...
Mas na certeza que quanto mais fundo um homem descer,
quanto mais baixo a vida lhe jogar, mais elevado será
a altura que ele atingirá, porque também
foi assim com grandes homens...

Dalton Rocha

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sim


Não é importante em quantos pedaços fizeram seu coração...
O importante é como e com que sentimentos você ira reconstruí-lo...
Existem pessoas que o vento deve levar, assim como leva as folhas secas,
as pessoas podem ser passageiras, ou não, e saiba que só as importantes
permaneceram porque aquilo que é verdadeiro nunca se acaba,
e se está próximo de se findar sempre se renovará...


Dalton Rocha