domingo, 14 de março de 2010

A ECONOMIA DO HORROR

A força sustentadora e fundamental do sistema capitalista é o egoísmo. Sem levar em conta questões psicológicas envolvidas nessa afirmação nem possíveis utopismos que possam ser relacionados à constatação, o fato é demonstrado na análise da economia de mercado. A "lei" da oferta e da procura pressupõe que para todo produto criado, o interesse básico e último não é a satisfação desta ou daquela necessidade ou limitação social; o objetivo, nunca pronunciado, mas sempre presente e motivador de todo emaranhado de atividades econômicas é a aquisição e acumulação de recursos independentemente da situação dos envolvidos na produção e dos excluídos dela por serem inadequados e dispendiosos. O desprezo e desconsideração por todo fator que impede o funcionamento da "roda-viva" de capitais leva inevitavelmente à extinção de valores que conduzem ao altruísmo e compaixão pelo pesar alheio e, por conseguinte, à exclusão de seres humanos. Os sentimentos, principalmente aqueles que exigem sacrifício das metas de produção, são sufocados sob o argumanto "racional" da inevitabilidade ou naturalidade dos mecanismos comerciais, tão carrascos que não permitem outra lógica além daquela que legitimize e oculte os horrores por eles provocados, mas tão bem camuflados nos discursos publicitários, econômicos, políticos e também religiosos. (Cont.)
(D.W)

sexta-feira, 12 de março de 2010

UM SER EXISTENCIALISTA

Alguém que ainda não conhece o significado exato da expressão "ser humano" certamente ficaria surpreso com a descoberta, pois é muito mais revelador que se imagina. Um pequeno designativo que brilhantemente sintetiza a essência de um animal mortal maravilhosamente dotado de competências "divinas".
Filosoficamente o termo ser expressa uma entidade de consciência autônoma e livre que é capaz de pensar sua própria existência reflexivamente. É o ente capaz de ver-se a si mesmo enquanto pensa e faz, de modo que planeja e cria sua própria existência agindo preventiva, corretiva e construtivamente sobre sua realidade.
Já o vocábulo humano, derivado do latim humus-terra-, quer definir a matéria ou substância que comporta esse ser. O corpo, essa "máquina" de reações e substâncias em constante movimento e mutação, tão próximo do que também faz parte da terra, dos animais e vegetais, uma casa frágil e temporal que encerra em si a infinitude do ser.
Ser humano é, por assim dizer, uma mais que adequada expressão para descrever a antitética essência humana. E, sem adentrar em discussões espiritualistas sobre saber se o ser é a alma e se ela é imaterial ou simples fruto de reações bioquímicas, pode-se vislumbrar que é exatamente o ser em suas competências o responsável pela grandeza humana.
Tal grandeza é refletida pelo pensamento. Ele é de fato o desbravador de todos os mundos. Encara a escuridão absoluta sob a perspectiva de expandir a luz; instrumentaliza-se de armas abstratas para construir pirâmides e prédios de concreto; vislumbra o poder dos pássaros e reproduz seu voo; Desce às profundezas do mar e se assemelha a seus habitantes; corre do guepardo para logo após subjugá-lo em sua velocidade. É senhor de tudo por ser capaz de a tudo absorver, mas ainda assim se vê limitado, e essa mesma finitude é quem o faz avançar.

(David Wilkerson)

terça-feira, 9 de março de 2010

A Indústria da Alienação

O prejuízo causado pela "indústria da alienação" ou, como preferem os conservadores apologistas da democracia cega, indústria do entretenimento é tão amplo quanto a população do Brasil. O nível de pessoa formado nas salas de vídeo de cada casa, barraco ou mansão, que assista diariamente ao bombardeio desesperado de palhaços ignorantes da tv aberta, ávidos por instigar qualquer instinto dos telespectadores, contanto que os faça ter a indisposição suficiente para não se dar ao trabalho de pensar, não seria capaz de responder a qualquer questão que escape de seu escopo sensacional de sons e imagens. A tv, na atual situação, de fato educa para a imbecilidade.O problema mais incompreensível, porém, é perceber que uma instituição tão nociva à educação é completamente isenta de críticas e repressões . Basta alguém citar um ou outro excesso que comprometidos defensores da democracia liberal se levantam ofendidos com o ultraje.Sejamos sinceros, o Estado é tão fraco quanto uma andorinha no verão. Mas não por falta de apoio. Uma gama imensa de cientistas sociais e da saúde mental concorda em refrear o ímpeto destruidor de mentes dos sistemas de comunicação de massa. O motivo se origina no temor a organizações capitalistas.Dentro dessa realidade, propostas como a procura por elevação do senso estético e crítico da população brasileira, devem percorrer o universo das prioridades, se queremos viver num país de cidadãos.

(David Wilkerson)

Quem é este lírio!?

Quem é este lírio?
cheio de beleza e de aparência suave?
alguns o julgam frágil,outros não entendem como pôde nascer em lugar tão
argiloso, em meio a tantos obstáculos que queriam o sufocar,
de aparência doce, e que traz em sua essência amor pela vida,
capaz de enfrentar os grandes "espinhos" que os impediam de crescer.
Ainda há quem subestime esta flor, dotada de coragem, que poderia
escolher nascer entre os montes ou á beira de um riacho calmo e seguro...
Quem é este lírio?És tu mulher!
que escolhes-te nascer em uma sociedade injusta, escrava de um falso
avanço industrial... que "lutou e luta" para que seus direitos sejam respeitados,
e que "marchou e continua a marcha", para ser ouvida...Não sabemos até quando o "inexplicável fogo" irá impedir você de falar, mas só sabemos que tu nunca deixará de lutar...


(Dalton Rocha)