domingo, 14 de março de 2010

A ECONOMIA DO HORROR

A força sustentadora e fundamental do sistema capitalista é o egoísmo. Sem levar em conta questões psicológicas envolvidas nessa afirmação nem possíveis utopismos que possam ser relacionados à constatação, o fato é demonstrado na análise da economia de mercado. A "lei" da oferta e da procura pressupõe que para todo produto criado, o interesse básico e último não é a satisfação desta ou daquela necessidade ou limitação social; o objetivo, nunca pronunciado, mas sempre presente e motivador de todo emaranhado de atividades econômicas é a aquisição e acumulação de recursos independentemente da situação dos envolvidos na produção e dos excluídos dela por serem inadequados e dispendiosos. O desprezo e desconsideração por todo fator que impede o funcionamento da "roda-viva" de capitais leva inevitavelmente à extinção de valores que conduzem ao altruísmo e compaixão pelo pesar alheio e, por conseguinte, à exclusão de seres humanos. Os sentimentos, principalmente aqueles que exigem sacrifício das metas de produção, são sufocados sob o argumanto "racional" da inevitabilidade ou naturalidade dos mecanismos comerciais, tão carrascos que não permitem outra lógica além daquela que legitimize e oculte os horrores por eles provocados, mas tão bem camuflados nos discursos publicitários, econômicos, políticos e também religiosos. (Cont.)
(D.W)

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