quarta-feira, 9 de junho de 2010

Em Nome De Todos os Negros



Por muitas vezes tentaram me sufocar, e pela cor de minha,
melanina trataram-me pior que um criminoso exilado,
fui subjugado, condenado a ser escravo. Minha existência
foi considerada como um mero favor "divino" ou um simples
fruto do acaso... disseram-me que não tinha coração, alma,
e com os mortos não participaria da redenção... para terem
certeza me decapitaram e com o reino dos céus passei a não
ter comunhão. É foi assim que soube que Deus existia, na
pratica encimaram-me segundo os preceitos do "livro sagrado"
que é divino acepções entre os seres...

Por muito tempo ser negro era ser herdeiro deste
silêncio, hoje ser negro é ter na veia a força herdada da superação,
"rebeldia" luta de zumbi o negro que trouxe a muitos coragem e
libertação, meu silêncio subjugado outrora, agora são palavras
gritantes, quem poderá me conter? meus olhos negros não
brilham somente, falam! Meus lábios proclama palavras de
vitória, o coração carrega um amor ardente pela cultura que é
forte e transparecer em meu ser, esta tradição está enraizada em minha alma.


Por mais que fui e ainda seja neste silêncio preso pelas algemas do racismo e discriminação que ainda vive camuflada entre a sociedade medíocre, saibam que minha alma foi e sempre será livre.

Dalton Rocha

2 comentários:

  1. Dalton,

    Ao meu ver, qualquer tipo de preconceito aprisiona. Seja de cor, credo, raça... Nós seres humanos ainda temos muito o que aprender. O mais triste é quando o preconceito surge entre semelhantes, isto é, pessoas que fazem parte de um mesmo grupo, seja ele qual for. Tua poesia espelha uma triste realidade, no entanto, os teus últimos versos exprimem a liberdade que ser humano algum, jamais, poderá aprisionar: a da alma.

    Abraço

    Flávia Flor

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  2. Olá

    Realmente Flávia também acredito que pouco aprendemos e temos muito que evoluir...
    o preconceito ainda existe em vários sentidos credo cor enfim...
    muito obrigado por sua visita um abraço até mais!
    Dalton Rocha

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